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Mais de 500 pessoas estão na fila de espera por transplantes de órgão em Alagoas

No ano passado, 171 pessoas foram submetidas a transplante de órgãos em Alagoas

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Imagem ilustrativa da imagem Mais de 500 pessoas estão na fila de espera por transplantes de órgão em Alagoas
| Foto: Willams Lima (cortesia)

O panorama dos transplantes de órgãos mostra que 577 pessoas aguardam na fila em Alagoas. Desse total, 557 esperam por córneas; treze por rins; quatro por coração e três por fígado. Já o número de procedimentos realizados, de janeiro a abril de 2025, chega a 37.

Segundo informação da Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau), a maioria dos transplantes foram de córneas, de 19 pessoas. Dez alagoanos aguardam por rins, sete por fígado e um por coração.

“Com certeza é um número bem expressivo de pessoas que esperam por um transplante, principalmente o transplante de córneas, que é a nossa maior lista atualmente. E teoricamente é uma lista que a gente poderia ter bem menor, porque as pessoas não precisam evoluir para a morte encefálica para poder doar as córneas”, destaca Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes.

No ano passado, 171 pessoas foram submetidas a transplante de órgãos em Alagoas: córneas (141); fígado (14); rim (14) e coração (2).

O Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos, do Ministério da Saúde, destaca que cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos. Mas, para que os procedimentos continuem, é preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão.

“Por isso, se você quer ser doador de órgãos, avise à sua família. O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto”, destaca o MS.

O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), quando dois médicos diferentes examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico.

Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo, pois só assim o procedimento será realizado. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo (qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão).

O segundo tipo é o doador falecido (pacientes com diagnóstico de morte encefálica). Os órgãos vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única.

No último dia 23, o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, fez a sexta captação múltipla de órgãos e tecidos da história da instituição. Com autorização da família, a doadora de dois rins e das duas córneas foi uma mulher de 39 anos, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Os rins seguiram para receptores no Rio Grande do Norte e no Paraná. As córneas beneficiaram pacientes em Alagoas. Ao todo, quatro pessoas que aguardavam na lista de transplantes passaram a ter uma nova perspectiva de vida.

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