Pedro e a Igreja

Jesus afirma, de uma maneira muito forte, que o poder do Maligno nada poderá contra a sua Igreja, a qual será construída sobre a Rocha, que é Pedro. As portas do inferno significam justamente esse poder do Maligno e, assim, fica mais fundamentado que é o Cristo a pedra fundamental da Igreja e que Pedro é a pedra visível, qual representante visível desse Cristo, que venceu a morte e todo o poder de Satanás.

Destarte fica comprovado que Jesus fundava em Pedro não apenas urna instituição humana e visível, mas uma Igreja, a verdadeira Congregação de Deus, tão forte, tão divina, tão grandiosa por causa dele mesmo, que nenhuma força do Mal poderia vencê-la. E a história dos séculos tem confirmado a vitória dessa Igreja que, qual barca de Pedro, tem enfrentado os vendavais e as tempestades da história, mas nunca sucumbiu.

Mas, Pedro, como representante visível do Cristo, tem poderes especiais nessa Igreja e Jesus, usando um linguajar próprio do seu tempo e de seu povo, conferiu todos esses poderes a Pedro. Ele deu a Pedro as chaves do Reino dos céus.

No Antigo Testamento, entregar as chaves de alguma coisa a alguém significa conferir plenos poderes sobre algo ou sobre alguém àquele a quem as chaves foram entregues. Com efeito, lê-se no profeta Isaías (20,20-22), que Eliacim, filho de Helcias, recebeu "sobre seus ombros a chave da casa de Davi". Ora, comenta a Bíblia de Jerusalém, "a abertura e o fechamento das portas da "casa do rei" era urna função do vizir egípcio, cujo equivalente em Israel é o intendente do palácio. Será a função de Pedro na Igreja, reino de Deus". Assim, terá Pedro a função de guardar, defender, cuidar, vigiar, abrir e fechar a Igreja, Casa de Deus.