ARTIGO
As festas
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As festas são um ponto de referência nas nossas vidas. Elas são pontos marcantes. De diversos tipos e celebradas em várias modalidades, o acontecimento de uma festa tem um ciclo curioso. São esperadas e preparadas com entusiasmo e, quando chegam, são celebradas e vividas com muita alegria. Quando passam, as festas deixam sensações variadas. Às vezes, depois de uma festa, sente-se saudade, prazer, satisfação, mas, outras vezes, a sensação é de decepção, porque ou nem tudo correu com se queria, ou porque a reação dos participantes não foi a desejada. Então, uma festa pode deixar uma sensação de fracasso, de vazio e de tristeza?
O curioso das festas é que elas se sucedem num vai e vem concatenado. Preparação com alvoroço, acontecimento esperado e fim com sensações diversas. E, então, já estamos esperando e preparando outra festa. Isto aparece mui fortemente no ano litúrgico, que é uma sucessão ininterrupta de festas religiosas. Até as festas mais belas e religiosas passam.
A grande lição das festas é justamente essa sua rápida passagem e, ao mesmo tempo, o seu recomeço. Isso é o espelho da nossa vida, que é uma sucessão de eventos, que se sucedem com espera, preparação, celebrações, vitórias, fracassos, tristezas e saudades.
“Tudo passa”, dizia sempre Santa Teresa de Jesus e ela acrescentava: “Só Deus permanece”. Portanto, a grande mensagem das festas é que a vida é uma sucessão de acontecimentos, que passam rapidamente e deixam nos nossos corações irrequietos uma sensação de insatisfação, de vazio de um desejo de querer mais, de ter mais.
Tudo isso mostra que só o infinito, o eterno podem acalmar e satisfazer nossos corações, porque somos caminheiros da eternidade, viandantes para a pátria eterna.