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TRAGÉDIA

Brasileira que caiu em penhasco na Indonésia é encontrada morta

Juliana Martins fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e estava em uma trilha quando acidente aconteceu

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Carioca de Niterói, Juliana Martins era formada em Propaganda
Carioca de Niterói, Juliana Martins era formada em Propaganda | Foto: Acervo pessoal

Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada morta nessa terça-feira (24). A informação foi confirmada pela Defesa Civil daquele país, que coordenou as buscas.

Segundo as autoridades locais, o corpo será levado de maca até o posto de Sembalun e, de lá, transportado de helicóptero ao Hospital Bayangkara, onde serão realizados os trâmites legais. Até o fechamento desta edição, o resgate ainda não havia sido concluído.

A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia informou que a operação deve ser finalizada nesta quarta-feira (25), devido às más condições climáticas e à dificuldade de acesso à área.

Ainda de acordo com o governo indonésio, um socorrista voluntário encontrou a jovem já sem vida.

Sete integrantes da equipe de resgate estão acampados em dois pontos da montanha: três deles a 400 metros e os outros quatro a 600 metros de profundidade, para facilitar a retirada do corpo.

A TRAGÉDIA

Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

O acidente ocorreu na madrugada de sábado (21) na Indonésia - tarde de sexta (20) no horário de Brasília - durante uma trilha no Monte Rinjani, vulcão ativo localizado na Ilha de Lombok, vizinha a Bali, com 3.721 metros de altitude. Juliana integrava um grupo com outros seis turistas, acompanhados por dois guias, segundo autoridades do parque.

DENÚNCIA

A família de Juliana afirma que ela foi abandonada pelo guia por mais de 1 hora antes de sofrer o acidente. “A gente descobriu isso em contato com pessoas que trabalham no parque. Juliana estava nesse grupo, porém ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente, e o guia não ficou com ela”, disse a irmã, Mariana, em entrevista ao Fantástico.

Segundo informações do parque, Juliana teria entrado em desespero. “Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque viu que ela estava demorando muito, ele viu que ela tinha caído lá embaixo”, relata a irmã da brasileira.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, o guia Ali Musthofa, de 20 anos, confirmou os relatos da imprensa local de que aconselhou a niteroiense a descansar enquanto seguia andando, mas afirmou que o combinado era apenas esperá-la um pouco mais à frente da caminhada.

BUSCAS

O último avistamento da jovem foi feito no domingo (22), por drones de turistas que estavam na região. Juliana já aparecia imóvel. Nessa terça, as equipes finalmente alcançaram o local e confirmaram a morte.

Em nota oficial, a representação diplomática do Brasil em Jacarta informou que mobilizou as autoridades locais para o resgate e acompanhava os trabalhos desde a noite de sexta-feira, quando foi notificada sobre o acidente.

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou comunicado lamentando a morte da brasileira. Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter recebido com tristeza a notícia e informou que os serviços diplomáticos e consulares continuarão prestando apoio à família.

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