Editorial
Passo importante

A queda do analfabetismo em Alagoas, registrada pelo IBGE, é uma conquista a ser reconhecida. Entre 2016 e 2024, o número de alagoanos sem nenhuma instrução formal caiu de 351 mil para 274 mil — uma redução de quase 22%. Esse dado positivo reflete o esforço de políticas públicas como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Programa Brasil Alfabetizado, que têm ampliado o acesso à escolarização básica no Estado.
No entanto, o desafio permanece. A persistência dessa exclusão educacional indica que o analfabetismo segue como um problema estrutural, com raízes profundas nas desigualdades sociais e regionais.
Como alertam especialistas da Universidade Federal de Alagoas, é preciso cautela ao interpretar os avanços. A queda percentual não representa a erradicação do problema, mas deve ser vista como um passo importante em uma longa caminhada.
Para que o progresso não seja interrompido, é fundamental investir em políticas públicas contínuas, estruturantes e voltadas também ao combate do analfabetismo funcional. Garantir educação de qualidade, com equidade e permanência, deve ser prioridade para que Alagoas supere de vez esse obstáculo e ofereça a todos o direito pleno à cidadania.
