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sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5998
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Saúde emocional

Um imperativo estratégico para o futuro das empresas

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A valorização do equilíbrio, do bem-estar e da saúde tem transformado a percepção dos colaboradores e, especialmente, das novas gerações sobre o que representa a realização pessoal. Hoje, está cada vez mais claro que essa realização não está necessariamente vinculada ao trabalho ou à ocupação profissional. Essa mudança cultural impõe um novo desafio aos ambientes corporativos: gerenciar equipes emocionalmente mais felizes e saudáveis. Afinal, não é mais — e nunca deveria ter sido — aceitável sacrificar a vida pessoal e negligenciar o cuidado com a saúde mental em prol de um projeto ou resultado.

Essa transformação não aconteceu por acaso. Nos últimos anos, diversos estudos têm evidenciado uma crise global de saúde emocional, que impacta diretamente a produtividade e a economia mundial, com prejuízos estimados em mais de 11% do PIB global. No Brasil, o cenário é ainda mais preocupante: somos líderes mundiais em ansiedade e ocupamos a segunda colocação em casos de burnout.

Esse panorama de saúde mental exige uma postura urgente, firme e comprometida, independente de multas normativas como a da NR-1, pois cuidar da saúde emocional deixou de ser um diferencial competitivo ou um benefício para ambientes de trabalho “saudáveis e dinâmicos”. Trata-se, atualmente, de um imperativo para a sustentabilidade dos negócios, que depende cada vez mais da valorização do capital humano.

Diante disso, a NR-1 surge como uma oportunidade para que as organizações adotem um posicionamento proativo, com o objetivo claro de mitigar riscos psicossociais e proteger o bem-estar dos colaboradores.

É preciso conhecer suas equipes, como está o nível de saúde mental delas, quais são suas dores e o que tem gerado altos níveis de estresse e baixo engajamento no trabalho, assim como desenvolver medidas práticas e preventivas para transformação desse cenário.

Devemos encarar essa norma, que atualmente atua de forma educativa e orientativa, como uma oportunidade de prevenir afastamentos, sobrecarga de trabalho, estresse decorrente de ambientes tóxicos, entre outros fatores relacionados ao tema. Para as empresas, o impacto desses fatores reflete em prejuízos financeiros significativos, alta rotatividade, queda de produtividade e perda de talentos essenciais para o crescimento sustentável da organização.

Por isso, é fundamental que as organizações implementem medidas preventivas consistentes, ofereçam suporte psicológico qualificado e promovam espaços de diálogo que incentivem os colaboradores a reconhecerem a importância de pedir ajuda, cuidar da saúde mental e buscar equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Essa nova visão sobre saúde emocional exige mais que ações pontuais. Demanda estrutura, acompanhamento contínuo e uma postura de comprometimento. Afinal, a saúde mental é muito mais que uma norma, é um pilar estratégico indispensável para o sucesso e a longevidade dos negócios.

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