Alta
Levantamento aponta safra recorde na produção agrícola em 2025
Colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 332,6 milhões de toneladas, alta de 13,6%

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, projeta que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar 332,6 milhões de toneladas em 2025. O número representa uma alta de 13,6%, ou 39,9 milhões de toneladas a mais, na comparação com 2024, quando foram colhidas 292,7 milhões de toneladas.
Em relação a abril, a estimativa de maio registra um aumento de 1,3%, equivalente a 4,3 milhões de toneladas.
A área a ser colhida também crescerá, chegando a 81,2 milhões de hectares, um avanço de 2,7% frente a 2024, o que corresponde a 2,1 milhões de hectares adicionais. Na comparação mensal, a área plantada cresceu 0,2%, com acréscimo de 146,3 mil hectares.
Segundo o gerente do levantamento, Carlos Barradas, esta é a maior safra da série histórica do IBGE. “O aumento da área de plantio, aliado ao clima favorável na maior parte das regiões produtoras, garantiu esse desempenho. Apenas o Rio Grande do Sul registrou queda na produção, devido à escassez de chuvas durante a safra de verão”, destacou.
Entre os principais destaques estão a soja, com produção estimada em 165,2 milhões de toneladas, e o algodão, que deve chegar a 9,3 milhões de toneladas, ambos em patamares recordes.
Arroz, milho e soja seguem como os principais produtos, representando 92,7% da produção total e 87,9% da área plantada no país.
Na comparação com 2024, houve crescimento nas produções de:
» Algodão herbáceo em caroço: +4,5%
» Arroz: +15,9%
» Feijão: +4,6%
» Soja: +13,9%
» Milho total: +14,1% (sendo +12,8% na 1ª safra e +14,4% na 2ª)
» Sorgo: +9%
» Trigo: +6,6%
Por outro lado, houve redução nas áreas plantadas de feijão (-4,7%) e trigo (-14,2%).
A estimativa de produção apresenta variação anual positiva em todas as regiões:
» Centro-Oeste: +17,5%
» Sul: +7,6%
» Sudeste: +14,7%
» Nordeste: +8,7%
» Norte: +14,5%
Na comparação mensal, aumentaram as produções nas regiões Norte (+3,2%), Sudeste (+1,0%) e Centro-Oeste (+2,6%). Houve leve recuo no Sul (-1,2%) e no Nordeste (-0,1%).
Os maiores avanços na comparação com abril foram nas produções de:
» Aveia: +9,3%
» Sorgo: +5,6%
» Feijão (3ª safra): +4,5%
» Arroz: +3,3%
» Milho (2ª safra): +2,5%
» Algodão: +1,7%
» Tomate: +1,5%
» Soja: +0,6%
» Café arábica: +0,6%
» Café canephora: +0,4%
» Milho (1ª safra): +0,2%
Em contrapartida, houve quedas na cevada (-23,1%), feijão (1ª safra) (-2,0%), trigo (-0,4%) e feijão (2ª safra) (-0,2%).
O gerente Carlos Barradas acrescenta que a produção de milho, caso se mantenham as boas condições climáticas durante o desenvolvimento da 2ª safra, pode superar o recorde de 2023. “Ainda é possível que essa seja a maior safra de milho da história”, concluiu.
